quarta-feira, setembro 12, 2012


Somos "naturalmente voltados para o mal contra o outro", já dizia a teoria calviniana. Há de se acreditar que há a contradição, e que isto possa ser amenizado. Mas diante de tudo e todos, somos forçosamente a pensar em nós: como algo (alguém) celebre, de suma importância. Talvez personagem principal de uma vida (que até se possa dizer: personagem principal de sua própria vida), balela! Somos tão natureza, quanta a que nos cerca, ou cercava... Enquanto o pensamento humano se cristalizar na ideia ilusória de "predileto", o mundo social a qual convivemos continuará envolto do mais puro individualismo. E os escritos como os seus, os meus, e tantos outros, ainda continuarão a falar de uma tristeza e sofrimento sobre os "bons" e "especiais", na qual relatam injustamente a vida e por isto precisam ser "recompensados", abençoados, etc. Excluindo todo o resto.

Fato é que abençoados já fomos todos, sem exeção de raça, credo, atitude ou o que for. Ponto.

Faz tempo que o olhar é voltado para si mesma. Olhar ao redor e se reconhecer como parte do todo, sem especialidades, apenas como parte dele é urgente ao que nos cabe: viver, crescer e morrer. A simplicidade "grandiosa" de ser simples que não quer ser aceita...        

quarta-feira, agosto 01, 2012

Trata-se do tratamento, ao qual todo tratado, é traduzido: como um qualquer (talvez o seja, mas todos são!) Um ausente, de uma estrutura da qual não se tenha clareza qual seja... é mais simples.
Lhe são omissos, indiferentes e quase inertes... não entendem?

Dependurado em um graveto, um casulo. Dentro, o som externo a ele causa tanta vibração, que uma lagarta tão simplesmente desprezível, asquerosa e viscosa, impossibilitada de qualquer ação para dizer - estou viva! - responde silenciosamente na esperança que a ouçam.
Em constante transformação, para ser aquilo que para ela sem entender seja o melhor, talvez saiba que se a vissem como ela é realmente, tudo seria diferente. Se isola.

Mas é tão incoerente que ao avesso pode ser aquilo que já é. Não é entendida pelo que aparenta. Por mais que ela tente, seu entendimento parece não condizer, ou melhor, ser o que se "deve" ser ao seu redor.

Um silêncio tão mais perturbador do que o interno do casulo, traz uma angustia maior, pois da parte externa, tudo fala mas nada se ouve. O fato é: ela sente, sente tanto que seja provável que a vibração interna, a de larva, não alcancem o externo, nem dela própria. É mais simples... Toda borboleta é a mesma lagarta!

segunda-feira, maio 07, 2012

Acometer em fala, escrita e ação...

Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz
Teatro mágico 

Ter se um domínio do entendimento da escrita, é para o escritor assim como é para o pintor dominar a técnica do manuseio dos pinceis. Uma arte! Mas de outro modo poderia eu falar, ou melhor escrever aquilo que sinto por lógica própria daquilo que se quer dizer, mesmo que num entendimento limitado da regra da própria língua? 

Num sentido próprio de pensar algo que não tem explicação, e que na língua se traduza por inefável, não se pode dizer aquilo que se pensa, pois regras comuns da convivência de ordem social, impedem qualquer ser de se expressar da maneira que quiser, com louvor pelos demais. Ao menos que dentre a ordem social estabelecida por uma ordem maior, o indivíduo seja publicamente reconhecido pelo seu valor de mercado. 

Se o "eu" acomete a alguém ou a si mesmo, acometidos estão nos plurais da coisa? 

segunda-feira, abril 09, 2012

...

O Passado. Passando. Foi passando o quanto mais.
Pesado. Ficou.
Se Te enganou. De tanto passado passou. Passado nem se lembra o pesado.   
                          
                                 Mais pesado ficou.
                                                         Mais Passado.

                                                                        Mais pesado.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Coisa Valor

Por pouca coisa tive coisa alguma!
Por tanta coisa aquela coisa me teve!
Por coisa, fui tido quando toda coisa foi dada como indispensável!
Valho, por que sou mão-de-obra, posso produzir e acumular coisas, caso contrario coisa alguma serei. 
O Coisa!